
por Nayara Moreira
Pra começar, olha só de quem é o filme, do consagrado diretor M. Night Shyamalan, que dispensa apresentações.
Um filme que olhando pelo cartaz e traillers, até engana. Pode-se até pensar que é um filme trará temas ligados a acontecimentos do fim do mundo relativo a fenômenos explicados pela igreja, como o arrebatamento, aquele que a pessoa some do nada, como se virasse pó, e ficam só as roupas no chão
Pois bem, antes de ver o filme imaginei 1001 possibilidades, li a sinopse (que também não ajudou muito) e qual não foi a minha surpresa ao ver do que se tratava.
O filme fala de fenômenos da natureza, mais específicamente um único fenômeno, o de plantas que liberam uma certa toxina na atmosfera que inibe (olha só que viajem, nem em 5 zilhões de anos eu pensaria numa possibilidade dessas) o (atenção, muita atenção, eu nunca nem tinha sequer ouvido falar nisso) "SENSO DE AUTO-PRESERVAÇÃO" da pessoa...
Aí tipo, do nada as pessoas estão assim, fazendo suas atividades corriqueiras, quando derepente bate um ventinho (repare bem no meu desprezo pelo "ventinho" o responsável por disseminar a matança), e as pessoas começam a repetir a última frase ou palavra que estavam falando de uma forma muito estranha. Estranha até ver a forma como elas SE MATAM logo depois do "ventinho" bater...
As cenas são chocantes. Pessoas que se jogam de prédios, que se mutilam, enfiam coisas no corpo, se enforcam. Umas das cenas de morte dignas de nem se piscar os olhos, é quando um cara lá se mata com um daqueles cortadores de grama, tipo um carrinho,ele liga e (imagina!) deita no chão em frente a máquina e fica ali deitadinho, paradinho, quietinho esperando a máquina triturá-lo em 2362836836 milhões de pedaços. Que isso, e... se cortaram essa cena porque era muito forte?????? Nããããããããõoo.... tava lá, com os seus 15 litros de sangue cenográfico pra quem gosta de ver a tela do cinema escorrendo. E só mais uma que merece destaque também, é a do cara que tava dirigindo aí quando bate o ventinho ("ventINHO", hehe), ele para o carro, meio que dá uma ré, e acelera em cima de uma árvore, e você só vê o corpo voando por cima do volante lá na frente.
Fantásticas cena de "auto-extermínio" desde os mais dramáticos e violentos com as várias alternativas até o simples cortar de pulsos com um micro pedaçinho de vidro (acho que o cara deve ter ficado umas 2hs se cortando até conseguir fazer um estrago significante o bastante pra morrer sangrando de tão pequeno que era o pedaço de vidro que ele tava).
Mas o que mais me intriga é, é o senso de auto preservação que é inibido e não o senso de auto-extermínio que é ativado (aliás, isso nem deve existir), então, alguém que perde seu senso de auto preservação, tipo, deveria ficar parado SE POOOR acaso ocorresse alguma situação com risco iminete de morte, e não CAUSAR seu risco de morte. Interessante não?!
Pois é, mas como é um filme o que mais eu posso fazer se não assistir vezes atrás de vezes e indicar para todos os meus amigos que gostam de clássicos como o Jogos Mortais (Saw), que mostram os tipos mais bizarros para se morrer.
Ah, uma última colocação, é sobre o comportamento das pessoas, do tipo, como que elas se matam das maneiras mais horripilantes e doentias do mundo, que causariam uma dor inexplicavél, terrivelmente horrenda, e que simplesmente ficam lá, paradinhas morrendo sem nem um mero levantar de sobrancelhas para demostrar que estão se importanto ou sentindo algum tipo de dor ou sensação que seja relevante.
É demais. Demais mesmo. Ainda mais por ser um filme que nos confronta com os ideais da atualidade: conservação de florestas, cuidado com a natureza, amor ao meio ambiente, etc. Vai que um dia isso acontece mesmo! (não que eu ache isso, mas...) Não dessa forma, mas um dia, de alguma forma, a natureza vai dar um jeito de tratar com a humanidade do mesmo modo que temos tratado com ela, de um jeito muito mal e perverso, e quem sabe até, doloroso....
Se eu fosse você não andaria por aí em grandes grupos... (assista o filme)
"- Alô, mamãe?!
- Stacy Ann, feche a janela, não chegue na janela perto da árvore, não respire o ar que vem da janela...
- (...)
(barulho de vento entrando pela janela)
- Stacy Ann??!!? Stacy Ann?!?! Alô!! Fale comigo!!
- (...) cál-cu-los... cá-cu-los... cál-cu-los...
(barulho de vidro se espatifando)"
Menos uma pra sacanear a natureza....